11 de setembro de 2011

Feche os olhos, melhor ignorar umas coisas


Não Queira 

  Eu queria ter milhões de dinheiro. Queria uma casa grande e linda. Queria ser famosa. Queria ter sucesso. Queria um corpo escultural. Queria um namorado. Queria que meus pais fossem eternos. Queria ouvir meus próprios conselhos, mas que de vez em quando. Queria que a violência acabasse. Queria que todas as crianças tivessem pais. Queria  que os desenhos ensinassem as crianças a serem pessoas melhores, ao invés de xingar, e achar que o mundo gira ao seu redor. Queria que todos se preocupassem com seu país. Queria que o Brasil se tornasse uma potencia, ao invés de ficar em segundo plano a mercê de países que não tem mais recursos, por isso o usam. Queria que minhas amizades nunca terminassem. Queria que as pessoas fossem verdadeiras, e acima de tudo educadas. Queria que o ser humano conseguisse entender os limites da natureza e vivessem em harmonia. Queria que as pessoas respeitassem as diferenças, porque elas dizem que aceitam, mas vivem com o nariz torcido quando a idéia contraria a sua. Eu queria que houvesse outro final pro nosso planeta, e nós mesmos. Queria que homens e mulheres entendessem que nunca serão iguais, provavelmente nem em direitos e que isso não é tão ruim. Queria tocar um instrumento. Queria saber surfar. Queria ver as quatro estações bem definidas.

     Talvez eu deva querer nascer de novo, ou talvez não, afinal vivemos em mundo que a cada dia se destrói, se acaba. Nós preocupamos com o consumo, mas não pensamos nas crianças que não comemoram seu aniversario, não abraçam a mãe no dia delas, ou os pais no dia deles. Crianças que passam fome sofrem maus tratos. Adolescentes inconseqüentes mimados. Pais que cada vez mais não participam da vivencia e evolução dos filhos, quando crescem e se transformam em algo que não gostam, abrem a boca pra dizer o tamanho da sua decepção. Mas em momentos de duvidas, eles não estavam perto pra dizer o que se devia fazer. Reclamar é fácil, quando não há mais nada a se fazer. O problema e que a cada dia se começa mais cedo as coisas, e porque a mãe logo nos seis meses de diva da criança já precisa deixá-la pra buscar uma vida lá fora.
        Acho que provavelmente, eu deve se estar em outro universo, outro planeta. Porque pra mim por mais que façamos esse vai continuar sempre assim, caminhando pro lixo, tornando lixo cada ser que vive nele. E essa idéia me assusta afinal grandes sábios chegaram ao suicido apos concluírem tudo isso.

9 de setembro de 2011

Entre o silêncio



É engraçado como às vezes eu fujo das coisas. Com o tempo talvez vocês descubram o porquê disso. Tem coisas que por mais que tentemos explicar, pra outros, não faz sentido. Deparei-me com a perda de muitas coisas, que foram acontecendo em progressão geométrica. Bruscamente, com uma razão. A qual das se o nome de escolhas. Ai está o motivo de fuga. De mim mesma digas se de passagem.
Portanto, nada do que tente disser, tira a culpa dos meus ombros. O que aumenta minha a dor da minha exclusão. Perder amigos que continuam no mesmo mundo que você é mais dolorido do que perder quem já esta a direita de Deus. Quem se vai, na maioria das vezes vai com uma deixa feliz, (ou nós fazemos essa imagem, lembrando dos bons momentos, pensando como era cedo pra partir) mas quem fica e apenas não falamos, provavelmente é porque o machucado foi mais fundo do que se imagina. Isso gera uma dor que lateja, mesmo que os vestígios já tenham sido todos removidos.
Mas a cicatriz ainda resta, ela sempre fica. A memória, que por vezes tira a casquinha do machucado, impedindo com se cure. Até que você desenvolva sua mente aponto de impedir esse ato  involuntário da cabeça ou do coração. Outrora o motivo de fuga.
Perder, pra quem não credita no ditado de que o que vale e participar, é um saco. Perder amigos então, um martírio. Como o ser humano consegue?! Estamos felizes, de pequenos trechos, não estamos mais, nem nos falamos mais, ai resta o silêncio. Se pra você ouve palavras, gritos e xingões. Ótimo! É melhor que o silêncio, que e tal como a indiferença para quem se ama. Dói, a dúvida de não saber, se ter certeza das coisas. Deve ser o mesmo sentimento de Einstein e seus amigos cientistas para estudarem o mundo e o homem. O que pra mim se tornou acomodação, talvez seja o motivo do meu não sucesso nessa área.
O tempo é vasto, ele passa. Conforme você se sente, pode ser lento ou rápido. Mas quando ficamos com o silêncio de uma amizade, ele PARA. A todo o momento você se engana, tenta seguir em frente, mas logo se pega parado, pensado na amizade, a qual nunca deveria se perder.
Às vezes a gente sente falta de momentos, histórias, músicas, pessoas. Os momentos se foram, as histórias; marcaram, as músicas; fazemos presente, e as pessoas... Talvez o tempo traga de volta. Mas fica a dúvida, porque o silêncio não te dá à resposta!

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